Por que o futuro do comércio é descentralizado, inclusivo e guiado por valores — e não por monopólios



Por Thiago Fernandes de Freitas

Vivemos em uma era onde a tecnologia está em tudo, mas nem sempre a serviço das pessoas. As grandes plataformas digitais, que começaram com a promessa de facilitar o o e democratizar oportunidades, acabaram concentrando poder, dados e receita em poucas mãos. O comércio global virou refém de monopólios que ditam regras, comprimem margens e, muitas vezes, sufocam pequenos negócios.

Mas não precisa ser assim.

Acredito que estamos à beira de uma nova fase da economia digital, uma fase onde descentralização, propósito e inclusão não são apenas discursos, mas fundamentos de um novo modelo possível. É nesse contexto que nasceu a KeepIt: não como mais uma empresa de tecnologia, mas como uma resposta prática a um sistema que precisa ser repensado.

Criamos uma rede de lockers inteligentes operados por microfranqueados locais, integrados a um ecossistema de e-commerce e logística urbana. Cada quiosque é, ao mesmo tempo, um ponto de conveniência para consumidores, um hub logístico para pequenos negócios e uma fonte de renda para trabalhadores da gig economy. Tudo conectado por um sistema simples, digital e ível.

Não é só sobre tecnologia, é sobre dignidade.

Ao longo da minha trajetória como empreendedor, vi de perto o quanto a logística é um gargalo para a inclusão econômica. Muitos vendedores informais, autônomos e pequenos comerciantes simplesmente não conseguem competir porque não têm estrutura para entregar seus produtos com eficiência. E quando dependem das grandes plataformas, pagam caro — em dinheiro e em liberdade.

Na KeepIt, colocamos isso de cabeça para baixo. Em vez de centralizar, distribuímos. Em vez de exigir infraestrutura, oferecemos uma. Em vez de explorar a mão de obra, valorizamos a comunidade local.

Mais do que isso, decidimos basear nosso negócio em princípios. Acreditamos que fé, ética e verdade podem — e devem — caminhar junto com inovação, escala e lucro. Não abrimos mão disso. Nosso compromisso com os valores do Reino de Deus está no centro de cada decisão estratégica que tomamos. Porque não faz sentido crescer sozinho, e não faz sentido crescer às custas dos outros.

O cenário global nos mostra que o modelo atual está esgotado. Investidores, consumidores e governos já não querem apenas retorno financeiro — querem impacto. Querem saber que estão construindo algo maior, mais justo, mais resiliente. E as empresas que entenderem isso primeiro estarão à frente.

Ao descentralizar a logística e o comércio, damos ferramentas reais para que mais pessoas possam empreender, gerar renda e ter o a mercados. É mais do que uma inovação operacional. É uma mudança de cultura.

O futuro do comércio não será de quem tiver a maior estrutura, mas de quem for capaz de conectar mais pessoas com menos barreiras, de forma ética, sustentável e humana. A KeepIt nasceu para isso. E acredito que esse movimento está apenas começando.

Porque a verdadeira revolução econômica não virá do domínio de poucos, mas da libertação de muitos.

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